quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MASSAGENS PARA BEBÉS SHANTALA - GRUPO DE PAIS

CLÍNICA ASAS, Portimão
Novo projecto em parceria com o MimaMais!


MASSAGENS PARA BEBÉS SHANTALA - GRUPO DE PAIS
Curso de 4 sessões semanais
Os pais poderão, neste grupo, aprender tudo sobre a massagem Shantala e, colocar em prática essas aprendizagens no vosso bebé:)
A massagem Shantala trás vários benefícios para seu bebé e para a relação que se estabelece entre ambos, fortalecendo de forma significativa, o vinculo que entre pais e filhos.
Equipa constituída por:
Ana Sousa, enfermeira especialista na área de saúde infantil
Filipa Pereira, enfermeira especialista na área de Saúde Infantil
Faça a sua inscrição e a do seu bebé e descubra como uma massagem pode ter propriedades "mágicas".
INICIA JÁ ESTA QUARTA FEIRA, DIA 11 DE FEVEREIRO!
Contacte-nos para a Clínica ASAS 96 2209121 | 282 413 584 ou, para os contactos MimaMais
Tlm Ana Sousa: 918111027
Tlm: Filipa Pereira: 963782686

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

AJUDAR O SEU FILHO A VENCER O MEDO DO ESCURO:



Nunca se esqueça que o medo do escuro não se enfrenta no mundo do concreto, por isso torna-se desnecessário dizer aos seus filhos que monstros não existem!

Este é um jogo que se joga ao nível da imaginação, e por isso os pais terão que participar a esse nível

Torne-se num "bravo guerreiro" junto com o seu filho e, ajude -o a procurar os monstros que julga escondidos no armário, assuste os fantasmas com uma lanterna, conte-lhe histórias em que os heróis venceram os monstros, use a imaginação e a fantasia...

Acima de tudo, reconheça e legitime o medo da criança!

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto juvenil
Clínica ASAS, Portimão

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"SERÁ O MEU FILHO ANSIOSO? SINTOMAS A ESTAR ALERTA



Nas crianças, um dos principais sintomas é a dor de barriga!
Se o seu filho se queixa de uma dor de barriga no primeiro dia de aulas ou durante outro evento que possa ser uma novidade, há uma boa hipótese dessa dor não ser devida a algo que a criança comeu mas sim devido a algo que a criança sente: Ansiedade.
Muitas vezes, os pais vão ao médico, fazem exames e, o que se concluí é que o sistema digestivo da criança está a funcionar como deveria, sem qualquer bloqueio, infeção ou doença. Podemos pensar que é fita ou que é uma forma de fugir a algo que não quer fazer mas, ATENÇÃO…O fato de não acusar nada nos exames médicos não significa que a dor não seja real. Na realidade, quando ansiosa, a criança sente verdadeiramente a dor de barriga e a mesma é verdadeiramente incomodativa! A criança sente-a como real e física!
A “coisa” passa-se mais ou menos assim…
O Estômago pode quase ser entendido como "o segundo cérebro ', pois, na realidade, é o órgão que mais reflete as nossas emoções…é como se o estômago fosse a “casa” do sistema nervoso entérico, O sistema nervoso entérico faz parte do sistema nervoso autónomo e é uma rede de neurónios que integram o sistema digestivo e que detém centenas de milhões de células nervosas,
Se as dores de barriga e a ansiedade são comuns na vida do seu filho, ficamos sempre no dilema do ovo e da galinha “quem é que veio primeiro?”.
Independentemente do que surgiu primeiro, um vai acabar por “alimentar” o outro, criando um ciclo vicioso onde a ansiedade leva a dor de barriga, que leva a uma maior ansiedade, que leva a uma maior dor de barriga que cria maior ansiedade, que faz com que a barriga doa ainda mais (e assim por diante)
IMPORTANTE!!!!
Antes de mais é fundamental o despiste clinico. Pode ser ansiedade mas também pode não ser! Se existem meios de despiste, vamos usá-los para melhor ajudarmos a criança.
Se o médico confirmar que está tudo bem com a criança então podemos analisar as dores do ponto de vista emocional e, remeter as mesmas para um eventual quadro de ansiedade.
Para além da dor de barriga, existem outros sintomas através dos quais a ansiedade se pode manifestar:
• SINTOMAS PSIQUICOS DA ANSIEDADE
A Ansiedade pode provocar alguns sinais psíquicos como:
Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);
Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;
Preocupações exageradas com “coisas de adultos”;
Medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
Medo exagerado de ser humilhado publicamente pelos colegas;
Pavor depois de uma situação muito difícil;
• SINTOMAS FÍSICOS DA ANSIEDADE
A Ansiedade pode provocar alguns sinais físicos como:
Taquicardia,
Suores frios
Tremores,
Tensão muscular,
Aumento das secreções urinárias e fecais;
Dor de cabeça
Insónia;
Falta de ar;
Sensação de desmaio;
Dores no peito;
Nó na garganta;
Boca seca e dificuldade em engolir;
Uma das maneiras de diferenciar a ANSIEDADE GENERALIZADA da ANSIEDADE NORMAL é através do tempo de duração dos sintomas. A ansiedade normal restringe-se a uma determinada situação e, mesmo que uma situação problemática causadora de ansiedade não mude, vai diminuindo o grau de desconforto com o tempo, ainda que a situação permaneça desfavorável."
Workshop "Ajudar e compreender a criança ansiosa"
Clínica ASAS, Portimão
Texto integrante do Manual para pais e educadores
Para adquirir o Manual poderá dirigir-se à Clínica ASAS, em Portimão ou, solicitar o envio por correio!
Valor: 5 euros

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

1ª Sessão Esgotada ! - Grupo de País com vagas!

E a sessão de Sábado, 7 de Fevereiro ,Massagens para Bebés Shantala, na Clínica ASAS em Portimão ! Já se encontra Esgotada !

Neste evento preparado para si e para o seu bebé, iremos dar a conhecer este novo Grupo de Pais que querem aprender tudo sobre a massagem Shantala.

A massagem Shantala trás vários benefícios para seu bebé e para a relação que se estabelece entre ambos.

Esta primeira sessão é gratuita! Traga o seu bebé e juntos venham desfrutar de um momento maravilhoso e único aproveitando para fortalecer, de forma significativa, o vínculo entre pais e filhos.

Equipa constituída por:
Ana Sousa, enfermeira especialista na área de saúde infantil
Filipa Pereira, enfermeira especialista na área de Saúde Infantil

Contactos para inscrição: 96 2209121 | 282 413 584 — com Ana Sousa e Filipa Pereira

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Massagens para Bebés Shantala



Massagens para Bebés Shantala
Sábado, 7 de Fevereiro às 16:00
Clinica ASAS em Portimão !

Um evento a não perder preparado para si e para o seu bebé, onde iremos dar a conhecer este novo Grupo de Pais que querem aprender tudo sobre a massagem Shantala.

A massagem Shantala trás vários benefícios para seu bebé e para a relação que se estabelece entre ambos.

Esta primeira sessão é gratuita! Traga o seu bebé e juntos venham desfrutar de um momento maravilhoso e único aproveitando para fortalecer, de forma significativa, o vínculo entre pais e filhos.

Equipa constituída por:
Ana Sousa, enfermeira especialista na área de saúde infantil
Filipa Pereira, enfermeira especialista na área de Saúde Infantil

Contactos para inscrição: 96 2209121 | 282 413 584 — com Ana Sousa e Filipa Pereira

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Manual compreender e ajudar a criança ansiosa


Partilhamos algumas páginas do nosso manual - "Compreender e ajudar a criança ansiosa - ferramentas práticas para pais e educadores", elaborado por ocasião da palestra. Disponível para venda na clínica ASAS em Portimão.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

COMPREENDER E AJUDAR A CRIANÇA ANSIOSA



Dentro do que é a ansiedade infantil, destacam-se alguns tipos que se evidenciam com uma maior prevalência:

•Fobias

•Ansiedade Social (Dificuldade em socializar)

•Ansiedade de separação

•Ansiedade generalizada

Para todas elas vamos trabalhar ferramentas práticas de gestão comportamental em casa e na escola!

Os participantes irão ainda receber um manual que contem todas as temáticas e as actividades trabalhadas no workshop, bem como o respectivo certificado de participação.

Dia 31 de Janeiro, 16h
Duração : 2h
Valor: 20 euros
Pré inscrição obrigatória até dia 29 de Janeiro
Local: Clínica ASAS, Portimão
Contactos:96 2209121 | 282 413 584

Inscrições limitadas!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Programa do Worshop - " Compreender e ajudar a criança ansiosa - ferramentas práticas para pais e educadores"


E o workshop " Compreender e ajudar a criança ansiosa - ferramentas práticas para pais e educadores" já está todo planificado!!!!
Deixo-vos com o programa:
O QUE É A ANSIEDADE?
ORIGENS E CAUSAS DA ANSIEDADE
SERÁ O MEU FILHO ANSIOSO? SINTOMAS A ESTAR ALERTA...
PORQUÊ QUE AS CRIANÇAS TÊM ANSIEDADE?
ANSIEDADE E O FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO - Breve explicação teórica para perceber com passar à prática!
COMPREENDER AS RESPOSTAS ANSIOSAS
OS TIPOS DE ANSIEDADE MAIS FREQUENTES - ESTRATÉGIAS PRATICAS PARA AJUDAR A CRIANÇA A EXPRESSAR AS SUAS PREOCUPAÇÕES E MEDOS
• Fobias
• Ansiedade de separação
• Ansiedade generalizada
• Ansiedade Social
• Ansiedade reactiva
UM PLANO DE ACÇÃO - ACTIVIDADE DE GRUPO PARA COLOCAR EM PRÁTICA OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS
No workshop serão utilizadas muitas actividades práticas, desmistificando a ideia de que a ansiedade tem de ser resolvida " como um caso sério". A ideia é ajudar pais e educadores a perceberem que, de forma lúdica e centrada na criança, é mais fácil chegar às soluções que realmente ajudam a criança...A criança não é um mini adulto e, como tal, não podemos dar-lhe soluções de adulto! As soluções tem de ser geridas descendo ao nível da criança!
Os participantes irão ainda receber um manual que contem todas as temáticas e as actividades trabalhadas no workshop, bem como o respectivo certificado de participação.
Dia 31 de Janeiro, 16h
Duração : 2h
Valor: 20 euros
Pré inscrição obrigatória até dia 29 de Janeiro
Local: Clínica ASAS, Portimão
Contactos:96 2209121 | 282 413 584
Inscrições limitadas!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Crianças Ansiosas



Já fez a sua inscrição?
Inscrições limitadas!!!!
Pretende-se com este workshop fornecer a pais e educadores ferramentas para que estes possam apoiar e orientar a criança ansiosa.

Estas ferramentas serão trabalhadas de forma muito prática, envolvendo estratégias de gestão de comportamento, técnicas de relaxamento e exercícios respiratórios.

Pretende também ser uma mais valia no saber reconhecer os sintomas e, ai, geri-los de forma o mais precoce possível com a criança. É fundamental "encaixar" o comportamento da criança com as fases de desenvolvimento de cada idade e, por isso, esta será uma área muito trabalhada também...Sintomas e comportamentos mal entendidos geram soluções mal adequadas!

Com as ferramentas certas/adequadas á sua especificidade, a criança pode superar a ansiedade e aprender a encarar o futuro de forma mais serena!

Venha aprofundar este tema...Junte-se a nós no Workshop "Compreender e ajudar a criança ansiosa" e venha descobrir como, centrando-se nas necessidades da criança, pode ajudá-la a melhor gerir as suas emoções e sentires.

Os participantes irão ainda receber um manual que contem todas as temáticas e as actividades trabalhadas no workshop, bem como o respectivo certificado de participação.

Dia 31 de Janeiro, 16h
Duração : 2h
Valor: 20 euros
Pré inscrição obrigatória até dia 29 de Janeiro

Local: Clínica ASAS, Portimão
Contactos:96 2209121 | 282 413 584

Inscrições limitadas!

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

"COMPREENDER E AJUDAR A CRIANÇA ANSIOSA" Ferramentas práticas para pais e educadores

O foco deste workshop é ajudar a criança ansiosa, através dos pais e educadores, a gerir os seus próprios sintomas de ansiedade

Os participantes vão aprender a identificar os sinais iniciais da crise de ansiedade para, a partir dai, gerirem com a criança estratégias de resolução do problema, de forma a reduzir o impacto desta sintomatologia a nível pessoal (auto estima)|, social (relação com os outros) e académico (resultados escolares que não correspondem à real capacidade da criança).

No workshop serão utilizadas muitas actividades práticas, desmistificando a ideia de que a ansiedade tem de ser resolvida " como um caso sério". A ideia é ajudar pais e educadores a perceberem que, de forma lúdica e centrada na criança, é mais fácil chegar às soluções que realmente ajudam a criança...A criança não é um mini adulto e, como tal, não podemos dar-lhe soluções de adulto! As soluções tem de ser geridas descendo ao nível da criança!

Os participantes irão ainda receber um manual que contem todas as temáticas e as actividades trabalhadas no workshop, bem como o respectivo certificado de participação.


Dia 31 de Janeiro, 16h
Duração : 2h
Valor: 20 euros
Pré inscrição obrigatória até dia 29 de Janeiro

Local: Clínica ASAS, Portimão
Contactos:96 2209121 | 282 413 584

Inscrições limitadas!

sábado, 17 de janeiro de 2015

O MEU IRMÃO É MELHOR DO QUE EU....


Este é um dilema pelo qual muitas crianças passam e que afecta de forma significativa a sua auto estima....o ter de competir com um irmão que pura e simplesmente ...é bom em tudo!!!!!

Não é uma tarefa nada fácil ter um irmão assim e, por mais que os pais tentem desmistificar esta coisa do “ser melhor” a criança que se julga menos boa sente as suas dificuldades e luta para corresponder a um padrão que ela julga muito superior ao seu!

São aquelas crianças que até são simpáticas mas que levam uma semana para conseguir fazer um amigo...depois têm um irmão que em 2 segundos faz 10!

São aquelas crianças que em cada atividade que se metem levam 6 horas até conseguir que saia algo de jeito....depois tem um irmão que em 2 segundos faz uns rabiscos que todos aplaudem!

São aquelas crianças que levam uma série de tempo até encontrarem um desporto onde percebem ter alguma competência...depois tem um irmão que é bom em todos os desportos em que se mete!

São crianças que, apesar de gostarem do irmão, sempre sentiram uma diferença entre os dois e que se vão sentindo cada vez mais excluídas, cada vez "menos boas",situação que acaba por gerar, muitas vezes agressividade e descontrolo do impulso.

Esse sentimento vai crescendo cada vez mais e mais e, às vezes acaba por transformar-se em algo que não é bom para nenhum dos dois irmãos....A criança que se sente menos boa acaba por ficar com uma auto estima baixíssima, enorme insegurança e medo de falhar, medo de não corresponder ao irmão que é bom em tudo (no seu sentir, porque ninguém é bom em tudo).
O irmão supostamente bom em tudo acaba por sentir-se também intimidado por perceber este sentir de menos valia do outro irmão e perde-se algo fundamental: Uma boa relação fraterna!

Se sente que esta situação se pode passar na sua casa, tente perceber junto da criança com auto estima mais baixa, o sentir dela, sem tocar neste assunto de “melhor em tudo”...Tente simplesmente “senti-la”, percebe-la e apoiá-la no que ela precisa!

Não caia no erro de fazer comparações pela positiva para a fazer sentir melhor, muito menos valoriza-la excessivamente...a criança vai perceber e vai sentir-se ainda mais inferiorizada pois vai sentir que apenas está a tentar agradá-la e não porque realmente sente o que diz.

Ajude-a a perceber, caso a criança fale na questão do outro irmão, que ambos têm qualidades e defeitos mas, são pessoas diferentes...cada um à sua maneira é especial e único .

Ajude-a a perceber que tudo tem um tempo e cada pessoa, cada criança tem um ritmo diferente. Cada criança alcança as suas metas ao seu ritmo, não ao ritmo de comparação dos outros...Dai o não fazer sentido as comparações!

Ajude a criança a perceber que todos temos personalidades diferentes e únicas...Ninguém é igual a ninguém nem pode ser...Ajude a criança a descobrir-se enquanto pessoa, ajude-a a descobrir o seu EU...Se a criança vive em constante comparação com o irmão, não se conhece e logo, não evolui emocionalmente...

Muito importante...não misture espaços...Se a criança que se sente mais inferiorizada conseguiu perceber algo onde é boa e se sente bem...esse é o espaço dela...É o espaço que precisa para se descobrir...Os irmãos não têm os dois de frequentar o mesmo desporto ou as mesmas atividades....Deixe esse espaço para ela e não permita “intromissões” por parte do irmão. Ele tem os espaços dele!

Com o passar do tempo, com a maturidade e, se lhe for dado espaço para isso, a criança que se sente “menos boa” irá com certeza descobrir-se e a relação com o irmão que ela julga melhor irá com certeza resolver-se.

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Clínica ASAS, Portimão

COMO ENFRENTAR AS BIRRAS...



A maioria das crianças entre os 18 meses e os 4 anos têm aquelas birras quase incontroláveis que deixam os pais sem saber como agir. Nesta fase, as crianças testam ao máximo os limites dos pais.

A birra resulta da perceção que a criança tem de si como ser individualizado com vontades, mas que ainda não entende que, para viver em sociedade, tem que ceder.
Esta fase da 'afirmação do eu' faz parte do desenvolvimento normal da criança, do conquistar de uma identidade própria.

Trata-se de um conflito que se processa no interior da criança e que basicamente coloca em confronto a procura da autonomia, por um lado mas, a ainda dependência dos pais por outro.

Apesar de ser uma fase complicada, os pais devem encara-la com felicidade...significa que o vosso filhote está a crescer!

Eu sei que é também uma fase onde nós, pais, desesperamos e nos questionamos” o que estou a fazer de errado?, sendo a maior dificuldade o conciliar a compreensão, que visa proporcionar as trocas afetivas de que a criança necessita, com uma determinada firmeza...

Em primeiro lugar, não se oponha se não tiver a certeza que será capaz de ir até ao fim. Se decidir enfrentar a birra, deverá fazê-lo com calma e firmeza. Mas, sempre tendo em mente que firmeza não implica ser agressivo, pelo contrário, só vai ter resultados se aliar a firmeza à suavidade.

Nesta fase, é fundamental que os pais não tenham receio de dizer 'não'... A disciplina, o dizer não é também uma forma de amor e deve praticá-la sem medos...Arrisco mesmo a dizer que a disciplina é, depois do amor, o mais importante que se pode dar a uma criança.

Agora...Não é necessário tornar-se num pai ou mãe “general”. Aqui ficam algumas dicas....

• Explique sempre a razão do 'não'. Não são necessárias grandes explicações e basta explicar uma, duas vezes no máximo....quando mais voltas dá e mais explica. Mais a criança percebe que pode “jogar” consigo e vai testar os seus limites até ao limite!!!!

• Expresse empatia e diga-lhe que compreende perfeitamente o que ela está a sentir. Dê exemplos seus de quando era pequenina e como se sentia quando era contrariada mas que agora que é grande percebe que foi para seu bem. Por exemplo: “'Quando era pequena, a avó também não me deixava comer todos os doces que eu queria e eu ficava muito triste. Mas, também sei que, se comeres os doces todos vais ficar com uma valente dor de barriga, mas a mamã gosta muito de ti e não quer que te doa a barriguinha.'

• É preciso que vá fazendo a criança entender que as birras dela não farão mudar a opinião dos pais em relação ao que lhe estão a dizer e que, também, não altera em nada o amor que sente por ela.

• Após a birra, felicite SEMPRE a criança por se ter decidido pelo bom comportamento.

• Se mesmo assim não resultar, ignore-a por alguns minutos e continue o seu percurso. Às vezes as birras não são mais do que um mero espetáculo...espetáculo esse que só funciona enquanto há expectadores... É claro que nem sempre é possível ignorar, principalmente quando a criança toma atitudes que a podem colocar em perigo e ai, a solução é mesmo conduzi-la pela sua mão e avisá-la que mais tarde será penalizada. As “penalizações” deverão ser adequadas à idade da criança e levadas até ao fim.

• As birras são também frequentes nas horas da refeição. Não insista ou valorize de mais a situação. Quando o seu filho tiver fome, com certeza vai comer tudo num ápice. Numa atitude de desespero pode sentir-se tentado a oferecer alimentos mais atraentes mas não caia em tentação. Será a pior coisa que pode fazer porque assim a criança vai sempre “jogar” para comer só o que quer.

A birra permite também à criança lidar com os seus sentimentos e a auto controlar-se. Se usar as estratégias atrás referidas, a criança vai, gradualmente (com as crianças, tudo é muito gradual e os efeitos da nossa atitude não são imediatos) aprender a auto regular-se, a auto gerir a sua frustração... Incentive-a a fazê-lo com os seus próprios recursos... não vá logo a correr tentar acalmá-la. Dê-lhe espaço para ser ela a descobrir a sua forma de se calmar...Sempre que possível ignore para a criança perceber que não é esse o caminho para chegar até ao que quer...Dê-lhe espaço para perceber que o caminho terá de ser outro!

• Só com firmeza as crianças aprendem a respeitar as regras propostas pelos pais. No mundo em que vivemos, que se rege por regras, o melhor é aprender a aceitá-las logo desde pequenino.

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Asas - Clínica De Apoio Terapêutico a Crianças, Jovens E Famílias, Portimão

A PRÉ ADOLESCÊNCIA E A COMUNICAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS....

Se para os pré-adolescentes esta fase de transições é difícil, não o é menos para os pais! Os nossos filhos passam de crianças meigas, carinhosas, amigas e preocupadas, para “outros filhos quaisquer”, que nós não reconhecemos, com caprichos, arrogância, mania de responder o que lhes apetece sem a anterior preocupação de magoar os pais! E há ainda a crescente necessidade de afirmação, que leva a atitudes desafiadoras da nossa autoridade enquanto pais ou a comportamentos desajustados! 

Tudo isto é bastante complicado de gerir para os pais, sobretudo com o tempo (que cada vez vai sendo menos) para estarmos realmente disponíveis para eles, sem ser para nos estarmos a chatear porque o professor disse isto ou disse aquilo, ou porque não estudou, ou porque....sei lá mais o quê....!É um facto que muitas vezes o acompanhamento não é o que desejaríamos que fosse...

Há muitas mudanças a acontecer no pré-adolescente - físicas, emocionais e sociais. Os complexos com a imagem corporal, a necessidade de afirmação, o desejo de ser bem aceite entre os pares ou o despertar da sexualidade são algumas das dificuldades por que passam os filhos nesta idade e que, naturalmente, fazem eco nas preocupações dos pais. 

Por outro lado, os pais sabem que a partir do momento em que os filhos começam a tornar-se adultos, a sua relação com os filhos mudará e têm receio de perder os «seus meninos». 

A comunicação entre pais e filhos pode tornar-se muito difícil nesta fase. As mudanças inerentes a esta fase de transição alteram a forma como pais e filhos comunicam e se não houver um ajuste de parte a parte, é fácil criar roturas. 
É fantasioso desejar uma comunicação aberta com os nossos filhos pré-adolescentes se não cultivamos um diálogo genuíno e fluido com eles enquanto crianças. Não nos podemos esquecer que já não são crianças pequenas (e por isso não os vamos tratar de forma infantil), mas também não os podemos tratar como se já fossem adultos (exigindo deles comportamentos que ainda não conseguem ter). 

É um equilíbrio delicado, que se faz de vários avanços e recuos, sendo necessária muita paciência para que os momentos de sintonia e harmonia possam continuar a existir...Acima de tudo o importante é não «fechar portas». 
Por vezes os pais pretendem «dar espaço» aos filhos ou acham que eles já não gostam ou não querem estar com os pais. É verdade que os filhos na puberdade começam a sentir uma necessidade de se afastar, mas isso não significa que não gostam dos pais ou que não querem saber da sua opinião. 

No meio disto tudo, nós, pais, somos o adulto e, cabe ao adulto, organizar um pré adolescente que, pelo próprio conceito do nome, se entende que internamente deve estar um pouco caótico...Cabe-nos a nós, pais, manter a calma, respirar fundo por vezes, e não nos deixarmos irritar ou ficar zangados com as atitudes dos nossos filhos. Ignorar as perguntas que nos fazem, ser sistematicamente irónico com eles ou menosprezar os seus problemas e dilemas, só serve para os afastar de nós!

No entanto...ninguém é perfeito e...há dias assim...Hoje foi o meu dia.....Um mau dia de parentalidade...
Entre mil e um que foram bons e é ai que temos de nos centrar...Não somos perfeitos, erramos mas, também acertamos e, nos maus dias é importante lembrar aqueles que foram bons para ir rebuscar essa atitude que permitiu que, nessas mil e uma vezes boas, tudo corresse bem...

Desistir? NUNCA!

Estar disponível para aceitar que na parentalidade estamos sempre a aprender? SEMPRE!

Nem sempre é fácil, porque de facto em algumas situações eles conseguem ser arrogantes, e magoam-nos a sério mas, no fundo, eles também estão magoados...Existe um imenso desfasamento entre o desenvolvimento do corpo e das emoções, e daí o seu comportamento oscilar entre comportamentos infantis e tentativas por vezes desastradas de imitar o mundo dos adultos. 

É preciso paciência e firmeza na orientação do seu comportamento, até que «aprendam» a regular-se melhor... É esse exatamente o papel dos pais...Ajudar a regular o comportamento dos filhos, promovendo a sua crescente autonomia, mas garantindo também a sua segurança. 

normal que, gradualmente, se possa começar a negociar com os filhos algumas regras e formas de funcionamento. 
Podemos ser flexíveis no estabelecimento de regras, mas uma vez estabelecidas, devemos ser firmes no seu cumprimento. Um erro grave é estabelecer regras que sistematicamente são quebradas ou prometer castigos que depois não são cumpridos. É fundamental que os pais tenham muito cuidado com o que prometem! 

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil

A DISCIPLINA E A IMPOSIÇÃO DE LIMITES....


A disciplina é mais do que dizer “Faz isto porque eu estou a dizer“!

Sugiro uma pequena reflexão aos pais...

Pensem nesta situação como se ela se passasse com vocês, pais...
Se o vosso patrão vos mandar/ordenar fazer alguma coisa, vocês até fazem mas, não o fazem com a mesma motivação que o fariam se o vosso patrão em vez de ser agressivo, dialogasse convosco e vos pedisse de forma gentil, explicando o porquê do seu pedido!

O mesmo se passa com o vosso filho....Se em vez de disciplinarem com o "Sim porque eu mando", ajudarem a criança a organizar o seu pensamento e a entender o porquê desse pedido, de certeza que a criança o vai realizar de uma forma muito mais empenhada e sem "birras".

Quando nos dizem para fazer algo de forma agressiva, a chamado imposição de limites através da educação autoritária, o que vai acontecer é que vamos obedecer por medo de ser punidos e não por percebermos realmente a tarefa ou nos motivarmos para ela....

O mesmo se passa com uma criança. Se o tipo de limite que usa com ela é o autoritário, corre o serio risco da criança obedecer apenas por medo, sem respeito pela sua pessoa, com a agravante de que não a está a ajudar a elaborar uma actividade reflexiva e orientadora da sua atitude.

Não há formas de impor limites perfeitas, nem técnicas perfeitas...Existem sim formas que nós, pais, percebendo o que o nosso filho precisa para crescer de forma saudável, podemos fazer.

Sem duvida, para crescer de forma saudável, a criança necessita ter autonomia para pensar. Para isso, é fundamental a clareza da comunicação e o estimulo do raciocínio...é necessário educar para a construção da autonomia!

ENTÃO....PENSE E ANALISE QUAL É O SEU ESTILO EDUCATIVO DOMINANTE...PENSE NAS CONSEQUÊNCIAS POSITIVAS E NEGATIVAS DO MÉTODO QUE ESTÁ A USAR E, REPENSE-O EM FUNÇÃO DISSO!!!!

Desejo um excelente momento de reflexão a todos os pais...os filhotes agradecem


Texto adaptado do manual para pais da palestra " A importância do não na auto estima da criança"

Fátima Poucochinho

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As crianças e o Mindfulness



O nosso manual da Workshop “As crianças e o Mindfulness“ já anda a percorrer Portugal.
Com a ajuda dos CTT já foi entregue a país e cuidadores de Coimbra, Lisboa, Porto, Setúbal e Funchal. 
Estamos felizes :-))
Informamos que temos disponível para venda o manual que foi disponibilizado aos participantes.
Para o adquirir basta visitar-nos no nosso espaço, situada na Av São João de Deus, em Portimão, mais ou menos em frente à Farmácia Rosa Nunes, ou solicitar o envio .

Para pensar ...


"Hoje, em Portugal, é um verdadeiro problema de saúde pública o número de crianças que não integra, de uma forma clara, regras e limites... este funcionamento omnipotente traduz-se numa crescente incapacidade para interiorizarem o não e as frustrações, com grave prejuízo para o seu desenvolvimento futuro."

Pedro Strecht

O PODER DO "SIM"


Os pais são os escritores de histórias dos seus filhos e, é através dessas histórias que as crianças aprendem a descobrir-se e a construir o seu EU. As crianças são como esponjas e, sem duvida alguma, absorvem tudo aquilo que fazemos e dizemos.

Experimente fazer este exercício:
Durante um dia observe-se a si mesmo a falar com o seu filho.
O que vê? Gosta do que vê? Incide o seu discurso e a sua atenção no que o seu filho faz de mal e esquece-se de olhar e verbalizar o que está bem? Esquece-se a verbalizar a alternativa "boa" para o que a criança está a fazer menos bem (não vás para cima do banco!", em vez de "vai para aquela cadeira, por favor")?

Se é isto que observa, ou seja, se observa um enfoque no negativo é altura de parar e mudar qualquer coisa...

Faça uma pausa e veja de que forma pode resolver o que para si é um problema sem se focar no negativo...Dê a volta de uma forma positiva a algo que parece ser "o fim da macacada" e, desta forma, pode até incluir a criança na elaboração de um plano que funcione...!!!
Experimente perguntar mesmo directamente à criança: "O que achas que podemos fazer para que as coisas funcionem melhor?".
Olhe que, muitas vezes, as sugestões que surgem são melhores do que jamais poderíamos inventar nós mesmos!!!!

Muitos "nãos" acabam por desencorajar a criança a explorar e a investigar o seu ambiente, que é uma das suas principais formas de aprendizagem. Quando as crianças são castradas e frustradas na sua necessidade de explorar o meio à sua volta, ficam irritadas, frustradas, zangadas e começam a ter comportamentos que expressam tudo isto...

No exercício que lhe sugeri em cima, quantos "Não, pára, não faças!" ouviu-se a si mesmo dizer nesse dia?

Então, imagine este cenário:

Está a conduzir o seu carro em hora de ponta. Já existem os sinais de trânsito habituais e o caos do transito que você já está à espera, já conhece mas, para além disso, hoje, em cada curva, há um novo sinal de stop, ou seja, volta e meia, e quase de 3 em 3 minutos, tem de parar e assim atrasar o que está desejoso de ter: CHEGAR A CASA!
Como acha que se ia sentir? Aposto que iria ficar muito mal-humorado!

Pois...Da mesma forma, uma criança que está em plena exploração do que está à sua volta, se está constantemente a ser mandada parar, fica irritada e de mau humor!

É claro que as crianças precisam de limites e precisam do NÃO para crescerem de forma equilibrada e saudável mas, o NÃO pode ser dito de varias formas, ou seja, podemos adaptar o NÃO, de forma a não estarmos constantemente em conflito e em confronto com os nossos filhos...Se não o fizermos deixa de existir tempo de qualidade com a criança há custa da importância da criança ser contrariada!

A criança não tem de ser contrariada "à bruta"; a criança tem é de perceber que é importante saber colocar-se no lugar do outro e, perceber o que é esperado dela e, para isso,não é preciso estarmos de 5 em 5 minutos a dizer "não faças, pára ou está quieto".

Em vez disso, pense de que forma pode envolver o seu filho de uma forma positiva, de modo a que ele se torne mais cooperativo.

Se seu filho está a fazer uma birra, por exemplo, em vez de "PÁRA!" experimente conte-lo, abraça-lo sem dizer nada, enfim, não entrar em descontrolo também. Quando o seu filho estiver mais calmo ai sim, fale com ele e ajude-o a processar os seus sentimentos e a pensar em algumas maneiras que podem trazer melhores resultados.


Pergunte a si mesmo como é que pode ajudar o seu filho a parar a birrar sem a reforçar...Pergunte-se se o quer é para a birra ou impedir que ela volte a acontecer !

Tendo a consciência de que o NÃO é a palavra magica para que a criança faça mais oposição, pense para si como é que poderá transformar esse NÃO num SIM!

Nunca se esqueça de um dado muito importante...Se quer que o seu filho mude, vai ter que mudar também enquanto pai/mãe.

Ajudar a criança a PENSAR, pode e deve começar a ser trabalhado desde pequenino...Não é pensar PELA criança mas sim pensar COM a criança para que ela, através da frustração (controlada "por si") vá encontrando as suas alternativas para uma relação mutuamente prazeirosa e mais positiva.

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Clínica ASAS, Portimão

Texto inspirado num artigo de Mary Hartzell

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DAS PROMESSAS QUE FAZEMOS A NÓS MESMOS....

Estamos a iniciar um novo ano…

Tem por hábito conversar com o seu filho em relação ao que aconteceu no ano que passou e que coisas ele gostaria que se repetissem ou que melhorassem?

Se não tem, é uma boa altura para introduzir este novo hábito na vida da família smile emoticon

Explique ao seu filho que um novo ano significa começar de novo, significa novas oportunidades…Pense com ele em relação às coisas das quais ele se orgulha e que quer manter e, das coisas que gostaria de melhorar.

Explique-lhe que é importante estabelecermos a nossa intenção para o novo ano…Explique o que é uma intenção…
A minha explicação é que é uma promessa que fazemos a nós mesmos para nos ajudar a sentirmos-nos melhor e mais felizes connosco mesmos.

A maioria das crianças vai centrar-se em coisas materiais ou em coisas centradas nos outros como “ter mais amigos”, “jogar melhor futebol”…São intenções validas mas, explore também com a criança intenções mais viradas para si mesma, para o seu interior como “confiar mais em mim”, “pensar positivo”, “acreditar que sou capaz”, entre outras…

Preencha mesmo um contrato com a criança onde ela assinala a sua intenção e se compromete a cumpri-la. Relembre que às vezes, podemos fazer exatamente o contrário do que prometemos a nós mesmos mas, não faz mal, podemos sempre começar de novo e continuar a tentar.

Ajude a criança a pensar em escolhas para alcançar a sua intenção mas NUNCA lhe dá a sua escolha…A criança precisa descobrir-se e descobrir-se implica encontrar as suas soluções, fazer as suas escolhas. Diga, por exemplo “Hummm…A tua intenção é acreditares mais em ti…O eu é que já fizeste para conseguires isso? Se a criança responder "não sei" continue a aprofundar com ela “ então vamos pensar juntos…o que podias fazer? Conheces algum menino ou menino que te pareça que acredita nele próprio? O que tem ele de diferente de ti? Deixe a criança perceber, dentro do conceito do que para ela é acreditar nela própria, o que lhe falta para conseguir alcançar isso.

Se der a sua opinião, vai condicionar a criança a ser um mini mãe/pai e não ela própria...E a criança precisa ser ela própria, precisa construir o seu EU!

Importância deste hábito? Varias coisas…
• Trabalha desde cedo a definição de objetivos e a importância de trabalharmos para os alcançar
• Trabalha a importância de cumprirmos para com as promessas que fazemos a nós próprios e assim valorizarmos também as promessas que possamos fazer aos outros
• Trabalha a capacidade de iniciativa e de auto conhecimento
• Trabalha o diálogo consciente e prazeiroso entre pais e filhos
• Trabalha a independência pessoal e o processo de individualização

São benefícios suficientes para abraçar este novo hábito, não acha? smile emoticon

Um excelente ano para todos !

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Clínica Asas, Portimão

AS CRIANÇAS E A ANSIEDADE.....



As crianças são seres extremamente sensíveis ao que as rodeia, sendo que, muitos vezes, situações que para nós adultos, não nos causam qualquer transtorno, à criança pode perturbar de forma bastante significativa...Se este tipo de situações se for repetindo sem o adulto se dar conta, facilmente temos uma criança “transformada” num ser ansioso, com dificuldade em controlar as suas emoções e o seu estar.

Muitas vezes, o que acaba por acontecer é que a criança passa a viver no futuro em vez de viver no presente, ou seja, a preocupação e o centro das atenções da criança passa a ser o que VAI ACONTECER , e não O QUE ESTÁ A ACONTECER NO AQUI E AGORA...Isso é ansiedade...É o não usufruir adequadamente do presente por estar com uma preocupação constante com o que vai acontecer amanhã, ou depois de amanha ou para o outro fim de semana.

O convívio em casa com a família e o modo como a criança vê os adultos reagirem e lidarem com o seu próprio dia a dia, exerce uma função importante no comportamento desta e na sua postura perante a vida. Como sempre digo...O EXEMPLO É A MAIOR FONTE DE APRENDIZAGEM!NO exemplo dos pais é fundamental para que a criança aprenda a controlar de forma equilibrada as suas emoções.

Esta aprendizagem é de tal forma “potente” que, bebés recém-nascidos podem, desde cedo, aprender e desenvolver alterações de ansiedade por influência da mãe.

Até os 7 anos, a criança está num nível de desenvolvimento muito primitivo, muito centrado em si, e a família é o alicerce para as suas aprendizagens morais, afectivas e emocionais.
Se no dia-a-dia, a criança presencia discussões entre os pais, ou extrema preocupação dos pais com situações do dia a dia, por exemplo, é provável que se sinta insegura e ansiosa também. Ora se os pais, que são (ou deveriam ser) a sua fonte securizante, o seu porto seguro deixam de o ser, como pode a criança construir-se com segurança? Como pode ela construir o seu EU de uma forma confiante?

Como os pais podem ajudar os filhos
- Ensine o seu filho a respirar bem devagar, para que ele se acalme. Pode ensinar-lhe a respiração abdominal ou respiração pela barriga que é extremamente relaxante e simples de executar ...Quando a criança (ou adulto) inspira, deve colocar todo o ar na barriga e fazer um balão...quando expira, deve jogar o ar todo fora, empurrando o umbigo para dentro, sendo que a inspiração e expiração são sempre feitas através do nariz!

- Se nota que a criança vive muito centrada no que vai acontecer em vez de pura e simplesmente viver o aqui e agora, explique o que vai acontecer para que ela se acalme mas, sem grandes explicações e sem muita conversa. Explicando uma vez (2 vezes no máximo) a criança percebe perfeitamente!...Não valorize esse comportamento da criança centrando-se nele e levando horas a fio a falar com ela sobre isso...Acalme-a, relaxe-a mas, encontrando um meio termo...Se leva muito tempo a falar com a criança sobre o assunto, está a mostra-lhe que isso a incomoda também, e ai gera-se um ciclo complicado de ansiedade de criança que provoca ansiedade nos pais que por sua vez gera mais ansiedade na criança;

- Converse com o seu filho. Se perceber uma mudança no seu comportamento, ajude-o a expressar-se, a nomear o que está a sentir...Se vê que a criança não se consegue expressar falando utilize imagens e peça para que ele aponte qual a imagem com que se identifica ( se com a imagem do menino triste, feliz, zangado, etc.) Aprofunde de forma “soft” as emoções, os sentires e verbalize que por vezes, também a mãe, ou pai, tem sentires mais desconfortáveis mas, que os tentam resolver...Pode ser uma boa altura para reforçar a respiração abdominal!

- Proponha atividades físicas. Elas relaxam e ajudam a criança a centrar-se no presente.

- Tenha atenção....Se perceber que a rotina e o desenvolvimento da criança estão prejudicados em função da ansiedade que ela manifesta, é importante consultar um psicólogo para que seja efectuada uma adequada avaliação e para que sejam dadas aos pais estratégias mais especificas para o seu filho em particular

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Clínica ASAS, Portimão

A ZANGA NAS CRIANÇAS…O QUE PODEMOS FAZER PARA A AJUDAR?




Todos nós, crianças ou adultos, temos sentimentos diferentes… Umas vezes sentimos alegria, outras vezes tristeza, outras vezes medo e, outras vezes, a zanga!

A zanga ou raiva na criança não é mais do que um sentimento de protesto, de insegurança, de timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego se sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as crianças.
Quando bem gerida. é uma emoção útil e saudável, pois permite à criança pôr cá para fora toda a tensão acumulada de situações mal resolvidas, mal pensadas ou mal geridas… O problema é a forma com que, na grande maioria das vezes, a criança se comporta quando experiencia esse sentir… Algumas agem descontroladamente, outras agem destrutivamente, acabando estas reacções por ter como consequência prejuízos significativos a nível das relações tanto em casa, como na escola.

As crianças aprendem a lidar com a raiva, observando os adultos à sua volta, e em muitos momentos imitam-nos, por isso é importante que nós, adultos, também saibamos como lidar com a raiva de forma apropriada.

Aqui estão algumas dicas…:

Ajude a criança a perceber que a raiva é uma emoção natural… não há problema em sentir raiva…é importante é a criança perceber que sua raiva não pode (não deve) ferir os outros que nada tem a ver com a sua raiva.
Para aqueles que tem algo a ver com a sua raiva, com a zanga da criança, ou seja, que contribuíram para que a criança a sentisse, é importante que ela perceba que pode usar as palavras em vez da agressividade…Ensine-lhe a linguagem do EU para que ela saiba aplicar na relação com os outros"Eu não gosto quando gozas comigo…quando gozas comigo eu fico triste e zangado…” ou “ não gosto quando me chamas….. faz-me sentir mal e zangado”!

Incentive o seu filho a partilhar sentimentos consigo e esteja disponível, realmente disponível nesse momento…mostre-lhe que compreende a sua raiva ou frustração... diga-lhe mesmo, olhando-o directamente os olhos e expressando compreensão"Eu vejo que estás muito zangado.".
Para que o seu filho esteja disponível para partilhar sentimentos consigo, é fundamental que ele sinta que também os patilha com ele…se está triste…chore..não há qualquer problema em faze-lo perante a criança, pelo contraio, ajuda-a a perceber que não temos de esconder o que sentimos e que é normal e natural partilhar isso com as pessoas de que gostamos.

Para mim, a dica mais importante de todas..o exemplo!... Mostre comportamentos adequados ao seu filho ao lidar com a raiva. O que os pais fazem pode ser mais importante do que aquilo que dizem!!!!!.

Ajudar a sua criança a relaxar, ensinando-lhe algumas maneiras de se acalmar quando perceber que está irritada. Pode ser por exemplo tentar fazê-la desenhar ou escrever acerca dos seus sentimentos.

Os limites e as regras estão sempre presentes em tudo o que implica um crescimento emocional saudável…Estabeleça limites claros para que o seu filho saber claramente e de forma concentra quais os comportamentos que são aceitáveis e os que não são.

Gosto muito de, desde cedo (6/7) falar à criança acerca da sua capacidade de escolha…não há escolhas certas nem erradas…há as escolhas que cada um de nos, de forma ponderada fazemos para isso é preciso pensar que, para cada atitude que possamos tomar temos sempre dias opções (pelo menos): uma implica determinadas consequências positivas e negativas e, uma segunda, implica igualmente consequências positivas e negativas. Ajude a criança a pensar desta forma e deixe que seja ela a ponderar depois de analisar os prós e os contras, qual a melhor atitude…esta estratégia vai ser útil para toda a vida, promovendo a capacidade de iniciativa e a competência para a tomada de decisões.

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
Asas - Clinica De Apoio Terapeutico a Crianças, Jovens E Familias, Portimão